Antanho
Efigênia Coutinho
Nem do próximo,
Nem do passado,
O presente ficou rasgado.
Os livros permanecem fechados,
Os lápis de pontas quebradas,
Jogados...
Como ilusões estilhaçadas.
Os blocos continuam
Com folhas em branco,
Como céu de nuvens esbranquiçadas...
Molhados pelo pranto
Que em gotas desnudam
Todo o desencanto...
Tolhendo aquele sorriso franco.
O Mar, muito aconchegante,
Com sua marinha espumante,
Macia para viver,
É a única testemunha
Dos altos vôos marinheiros,
Sem ver os luzeiros
Dos afãs de meu ser!
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Atravesso o mar sempre azul e, lá mais ao norte de Moçambique, na costa oriental da África da esperança deixando para tráz a neblina das madrugadas do tempo, vou redescobrindo os contornos sensuais da musa da saudade e das eternas recordações de minha adolescência!
Esta GAIVOTA este ve ausente durante muito tempo!
O seu Coração não estava bem de saúde, teve de submeter a uma intervenção cirúrgica, e esteve ausente da sua Ilha, do seu Ninho!
Agora, um pouco mais recuperada, quer voltar a iniciar os seus Voos, como antes o fazia!
Este é um recente Voo...devagarinho se chega ao longe!
Voltem amigos meus a visitar esta Gaivota que embora ferida, recomeça hoje os seus Voos por estas paragens!
GAIVOTAPOESIA